sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O medico e o monstro parte 5

Capitulo 5 - O fim... 
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As coisas não iam de forma a se poder dizer que bem, ainda mais com dois de seus amigos exaustos e reclamando, um deles morto, e o outro aparentando ter contraído uma doença estranha, a qual o deixava inapto a lutar por causa da febre e de outros sintomas. Parecia que ele iria mesmo morrer, mas isso não seria permitido nessas circunstancias. Não com Regulo no comando da operação.
[...]
O dia começara de uma forma estranha até mesmo para esses que lutavam com coisas absurdas há dias, o vento não soprara hoje. As baixas estavam altas para um grupo de cinco pessoas.
Um homem morto e outros três em exaustão devido ao ultimo dos ataques — depois que Baron foi degolado, esses homens sofreram pelo menos mais quatro ataques dos homens-lobo.
Gabriel deixava um gemido doloroso soar, e ao ver, estava a algum tempo deitado entre as raízes de uma arvore e transpirava visivelmente.
Estevam se aproximava dele e punha-lhe a mão a testa e olhava para os outros com sinal de más noticias.
Regulo se levantava e olhava como estavam suas armas, e então começava a bradar em tom audível aos presentes.


— Muito bem... Sei que estão cansados, e agora nosso amigo está doente... Não posso pedir que fiquem, seria arriscado. Voltem para o Vaticano e cuidem dele, vou pegar essa fera hoje, nem que seja a ultima coisa que eu faça!


Os dois que ainda se punham conscientes se assustavam com as palavras dele, e tentavam contestá-lo, mas era apenas um esforço em vão.
Já tinha sido decidido.
Partiam em viagem agora com Gabriel nos braços enquanto deixavam Regulo a espreita.
O tempo ia passando, e ele ia limpando e preparando suas armas, seu intelecto, sua alma. O sangue jorraria hoje, e ele estava certo de que não seria o dele.
Ao que o sol caia, ele se alojava entre as raízes da arvore onde Gabriel estava deitado e armava sua besta.
A lua lentamente se formava como a esfera brilhante e prateada no alto do céu deixando a visibilidade menor, de forma a qualquer pessoa “normal” ser atrapalhada pela penumbra, só havia um porem... Regulo e os outros templários haviam treinado muito bem para situações dessa magnitude.
Um uivo agudo rasgava o silencio da noite deixando-a com um ar de inospitalidade e sede de sangue, e era o momento que o rapaz se levantava, com as roupas que mostravam por que estavam há tanto tempo a serviço, porem essas eram totalmente pretas com uma cruz vermelha no peito, afim de disfarçar o mesmo na sombras.
Passos lentos por entre as folhas e os galhos no chão, sua besta acompanhando seus olhos a espreita para o momento que o monstro resolvesse aparecer. Seu objetivo era apenas um, matar o monstro em um único tiro. Mas, parece que o universo estava a conspirar contra o templário.
O lobisomem saltava sobre ele fazendo o mesmo derrubar a arma longe de onde pudesse alcançá-la.
Para a sorte de Regulo, o monstro apenas o desarmara. Sacava então adagas de prata de trás da cintura, e se punha em guarda contra a criatura.
Por certa de dez minutos, os dois apenas trocavam golpes e esquivas, até que Regulo atingia um golpe violento na barriga da Besta que urrava, e em fúria, atingia o braço esquerdo do rapaz – que azar ser canhoto nessas horas.
Com um braço parcialmente inapto, o rapaz girava o corpo numa rápida sequencia de três chutes potencialmente colocados nas costelas do monstro, mas não era o suficiente para abatê-lo. Apenas o deixava com mais raiva, e os olhos famintos a se mostrarem ainda mais sedentos.
Ele saltava sobre Regulo. Estava pronto para esmigalhar a cabeça do mesmo a dentadas, quando um virote tratava de atravessar a nuca do monstro e aparecer em sua testa, com a ponta reluzente e o sangue a gotejar sobre o templário.
Ao sair de debaixo do homem que estava na forma da besta, Regulo via Cassius se aproximar e ajudá-lo a levantar.
Três dias depois, estavam eles mais uma vez em um funeral no qual eram responsáveis. O de ninguém menos que o Doutor Marken Von Fiskan. O pesar da morte de Baron ainda estava com eles, mas os olhares ainda tinham o ar de homenagem ao amigo e o sentimento de missão cumprida.