Capitulo 2 - Desaparecidos
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Era completamente estranho para Joanne tentar esquecer aquele sonho. Isso é, fora um sonho, não?
Sua concentração fora minada naquele dia com ensolarado de vastas nuvens, mas sem sinal de chuva. Recusara-se a jogar vôlei com as outras meninas e a participar das gincanas da trilha que fora obrigada a fazer, e sempre que um dos monitores perguntava, ela ocultava seus sentimentos e esboçava o falso sorriso que quase sempre convencera a todos de que ela estava bem, e apenas não dormira muito bem. De fato, era esse o seu problema hoje.
Se contar as coisas do cotidiano como nenhuma novidade, aquele dia fora o mais comum possível naquele acampamento. Já não haviam coisas que alguém não pudesse imaginar, e a menos que surgisse um urso e fizesse todos correrem, ela não ficaria muito surpresa.
Não houve lual ou qualquer evento aquela noite, apenas jantar e cama. Os colegas de quarto se sentaram numa pequena roda pra contar histórias, mas Joanne não se sentia muito bem, então resolveu deitar-se, e não custou muito para adormecer como se fosse induzida a isso.
Em poucos segundos, se encontrava no mesmo lugar da noite passada, porem, dessa vez a noite estava mais escura e ainda mais tenebrosa. Lembrando-se de seus passos a noite passada, corria para o lago fazendo seus passos mais uma vez. Quem sabe não encontraria a pessoa que gritara?
Ao chegar lá, apenas uma pequena criatura estava ali. Agachada mexendo com algumas pedras e um graveto. O que uma criança fazia ali.
A mesma se levantava e olhava para Joanne com um sorriso estranho no rosto. Chegava a ser medonho para aquele menino que aparentava seis anos de idade, usando uma camisa social branca com colete e gravata, e uma bermuda de mesma cor. As meias altas e os sapatos sociais traziam um ar nostálgico do tipo anos trinta a mente de quem o olhasse. Tinha aquela breve pureza e inocência no olhar, mas seu sorriso era maléfico. Fazia um breve sinal chamando Joanne com os dedos e depois começava a correr, e antes que ela pudesse pensar em fazer algo já se via correndo na mesma direção que ele.
O lago era extenso, e sua água parecia uma poça gigante de óleo queimado devido à escuridão densa do mesmo, e para a surpresa da moça, o “rapazinho” começava a corres sobre a água. Joanne ficava pasma por um instante sem poder reagir.
O mesmo parava e a olhava fazendo de novo os sinais para que ela fosse, mas dessa vez ela parara a margem e ficara observando.
O mesmo grito da outra noite cortara o silencio que se fazia no lugar de maneira inóspita, tirando então a atenção dela sobre o garoto, e quando voltara a o olhar, não estava mais lá.
Voltou para a trilha que levava ao lago, e na entrada da mesma, mais uma vez eram visíveis o pano esfarrapado e as marcas de sangue.
Dessa vez, o que a acordara fora um dos monitores batendo na porta como se quisesse derrubá-la. Depois de dados alguns minutos para que se aprontassem, o diretor dera o anuncio. Uma das monitoras estava desaparecida e a única coisa que fora encontrada, foram marcas de sangue e uma parte da sua camiseta. Ao que o diretor os mostrava, Joanne arregalava os olhos e ficava atônita tremendo um pouco. Eram ordenados de não andar pelo local depois do sol se por, e que fossem cuidadosos até que pudessem encontrá-la ou mandá-los de volta para casa.