segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O médico e o monstro

Introdução e capitulo inicial.
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O que é pior que uma morte implacavel e fulminante? O que seria pior que perder uma das coisas que mais se precisava na vida, como a fala ou o movimento das proprias pernas? O que seria pior que cometer um crime e pegar a prisão perpétua?
Uma história um tanto antiga pode relatar isso a todos nós. Ouve-se rumores dela ainda hoje em casos sobre um homem que possuia o maior dos males dentro de si. Fora condenado a viver longe de tudo o que mais amava e o que mais prezava, a unica coisa que realmente tinha.... Sua familia e amigos.
Nessa ocasião, o homem, era apenas um estudioso professor tentando descobrir alguma coisa que curasse ou mesmo que pudesse amenisar os sintomas da peste negra. Pesquisar mais e mais, plantas, minerais, misturas, qualquer coisa que ajudasse. Doutor Marken... Um homem honesto, e amante das coisas mais simples, adentrava na floresta proxima ao vilarejo onde mantinha residencia e apressadamente procurava por coisas conhecidas e novas. Apenas a luz da lua por entre os galhos e seu lampião a gasolina iluminavam o que ele podia ver. Pisava a passos cuidadosos sobre pedras e algumas outras plantas que nem mesmo imaginava o que fossem – ao menos na baixa luminosidade não podia identifica-las – e tomava providencias pra que nada passasse aos olhos preocupados cobertos pela lente dos oculos enormes devido a miopia.
Guardava mais e mais coisas nos bolsos do jaleco branco que já parecia ter qualquer outra coloração devido a sujeira. Sob este, usava uma camisa de um tom azul claro e calças marrons bastante surradas, assim como o sapatos de couro.
— Preciso encontrar algo rapido, antes que isso se espalhe pelo vilarejo... Maldita doença, vou encontrar a cura ou meu nome não é Marken von Fiskan.
Essas eram as palavras de um homem determinado, mas quem sabe o que o esperava no meio da floresta?
Outro homem, não muito distante dali, estava sob efeito de estranhos sintomas, parecia estar louco ou possuido por algo que ninguem nas redondezas conhecia, mas fazia as pessoas terem medo de se aproximar ou até mesmo de chamar a atenção do maltrapilho. Neste, via-se os olhos avermelhados e arregalados e a face palida a transpirar intensamente. A camisa branca e suja de sangue se punha no mesmo estado das calças. Pisava pesadamente as pedras da rua do vilarejo estranho e parecia farejar no ar o cheiro de alguma coisa, lançava ao ar um urro e começava a rasgar suas roupas de forma brutal, como se fossem feitas de fogo e queimassem intensamente sua pele. Seu rosto se esticava formando uma espécie de fucinho, seus caninos se alongavam e pelos inumeros cobriam o corpo do mesmo que agora se tornava monstruoso. Meio-homem, meio-lobo. Ali estava uma das lendas mais temidas do mundo a correr para a floresta como um avido caçador. Esbarrava em arvores e deixava as marcas de sua passagem bastante explicitas. Farejava ainda mais o ar de forma a procurar por seu alvo, e ao ver que estava a caminho, deixava soar seu uivo que faria até mesmo o mais poderoso dos homens ter arrepios.
Doutor Marken escutava os sons, e de forma a tentar escapar de algo que pudesse impedi-lo de ter exito em curar a peste, começava a correr de volta para a cidade, mas por ironia do destino, ele topava com a besta que o engolia com os olhos.
O médico, usava de astucia jogando um pouco de terra nos olhos da besta e correndo na direção oposta a ela, tentando esquivar-se dos inumeros golpes que ela lançava enquanto urrava de furia. Um desses atingia-lhe o braço e o fazia desequilibrar e bater contra uma arvore ficando incapacitado a correr mais. E para mais surpresas pouco agradaveis, a criatura saltava sobre ele e lhe mordia proximo ao pescoço abrindo grandes buracos no ombro. — Argh.... — O som da dor parecia deixar o monstro ainda mais em frenezi, mas uma nuvem cobria a lua.
Aos poucos, a criatura soltava o homem, começava a se contorcer e voltar a ser apenas mais um homem comum caido em meio as plantas. Mas uma coisa era mais do que certa, a esses dois homens, apenas restava dois caminhos, o de viver como uma besta insana, ou de descansar eternamente e deixar que os vivos cuidem de seus legados.

2 comentários:

  1. Essa historia é muito boa para bens
    blog nota (10)

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  2. Essas Histórias São Ótimas.
    Eu particularmente adoro.
    Parabéns pelo Blog xD
    Bjo Brenda

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